Quando eu canto, que se cuide quem não for meu irmão
O meu canto, punhalada, não conhece o perdão
Quando eu rio
Quando eu rio, rio seco como é seco o sertão
Quando eu rio, rio seco como é seco o sertão
Meu sorriso é uma fenda escavada no chão
Quando eu choro
Quando eu choro é uma enchente surpreendendo o verão
Quando eu choro é uma enchente surpreendendo o verão
É o inverno, de repente, inundando o sertão
Quando eu amo
Quando eu amo, eu devoro todo meu coração
Quando eu amo, eu devoro todo meu coração
Eu odeio, eu adoro, numa mesma oração, quando eu canto
Mamy, não quero seguir definhando sol a sol
Mamy, não quero seguir definhando sol a sol
Me leva daqui, eu quero partir requebrando rock'n roll
Nem quero saber como se dança o baião
Nem quero saber como se dança o baião
Eu quero ligar, eu quero um lugarAo sol de Ipanema, cinema e televisão
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